sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Reforma ministerial: Dilma afirma que Mantega ficará

Reforma ministerial: Dilma afirma que Mantega ficará

"Sangue, suor e lágrimas, vamos derrotar"
O Globo - 19/12/2013
 

A presidente Dilma disse que até o carnaval trocará dez ministros que disputarão as eleições, e que Guido Mantega ficará na Fazenda
Presidente recusa pessimismo na economia e anuncia que vai autorizar terceiro aeroporto em São Paulo
Brasília- Na entrevista anual que concede a jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff afirmou que não é permitido a um governo ser pessimista.
Mesmo no caso de Estados em guerra, ela se diz da linha do britânico Winston Churchill, que durante a Segunda Guerra Mundial, inspirou os britânicos com a promessa de "sangue, suor e lágrimas"". Diante de questionamentos sobre desconfianças do mercado e
previsões sombrias sobre a economia do país, a presidente enfatizou seu otimismo com o cumprimento das principais metas.
Meta fiscal
"Eu acredito que o Brasil tem tido um excelente desempenho nessa questão do superávit. Se a gente olhar o G-20, que é o grupo das 20 economias mais desenvolvidas, nós vamos ver que apenas seis economias fazem o superávit primário. Estamos entre as melhores. Somos uma economia que tem uma preocupação fiscal forte, que se traduz no esforço do governo federal e dos entes federados no sentido de garantir um superávit primário mostrando que as contas brasileiras são robustas".
Inflação
"Os indicadores demonstram uma situação muito melhor do que muita gente esperava. Tinha gente dizendo que nós íamos fechar o ano com inflação de 7%, que as pessoas tinham de se prover de dólares, que haveria uma catástrofe. Não é isso que está se verificando. Tudo indica que ela vai fechar comportada, abaixo do ano passado. Como vocês sabem, previsão é algo que não se faz de um dia para o outro, porque você corre o risco de errar."
Indexação da economia
"Eu sou contra indexação. Nós superamos problemas herdados do passado. Um deles era a inflação descontrolada. Tem uma que nós temos de sempre olhar e cuidar: a indexação. A indexação talvez seja a memória mais forte do processo inflacionário crônico que nós vivemos ao longo dos anos 80 e 90. Indexação é algo extremamente perigoso. Então, indexar a economia brasileira ao câmbio ou qualquer outra variável externa é uma temeridade".
Crise Econômica
"A situação do Brasil em 2013 foi de mostrar bastante força diante do agravamento da crise. A recuperação da economia americana é ótima pra nós e para o mundo, porque começa a recuperação da economia global".
Taxa de crescimento
"Se a gente for comparar taxa de crescimento das economias, nós tivemos um desempenho bem razoável considerando o que acontece no resto do mundo. Esperamos que o mundo tenha uma outra configuração e um outro perfil em 2014. Aquele grande teórico italiano (Antonio Gramsci) dizia: "pessimismo da razão e otimismo da vontade"!
PIB DE 2014
"Eu não faço previsões do PIB e acho que vocês não deviam fazer. Nós temos condições de afirmar que o PIB (2013) vai ficar ali em torno de 2%, 2 e pouco. Este ano, tivemos um desempenho melhor, acima do que tivemos em 2012. Sob todos os aspectos, nos saímos até bem. Eu não vou te dizer qual vai ser o PIB, nem o deste ano, tampouco do ano que vem, porque se eu errar 0,2 na casa deci-I mal, eu pago um pato louco".
Pessimismo
"Eu acho absolutamente imperdoável um governo pessimista. A não ser algum que está diante da guerra, e, mesmo assim, eu prefiro a linha Chur-chill: "sangue, suor e lágrimas" vamos até o fim, vamos derrotar, porque é assim que se ganha as coisas. No que se refere ao primeiro ano de governo, nós vínhamos de 2010, ninguém estava esperando que a crise fosse se aprofundar."
Concessões
"Estamos conseguindo fazer as concessões que prometemos. Nós tivemos seis concessões de aeroportos ao longo do meu governo. Fizemos as cinco rodovias viáveis, porque tem rodovia que não é viável... O TCU aprovou a primeira de ferrovias".
Investimento externo
"No que se refere à desconfiança ou qualquer outro sentimento em relação ao Brasil por parte de investidores internacionais, eu vou dizer uma coisa: o Banco Central acabou de divulgar novos números sobre o investimento estrangeiro direto no Brasil. Até novembro foram US$ 57,5 bilhões. Estaremos sempre entre os cinco, seis (primeiros). US$ 57,5 bilhões é algo bastante significativo, e ninguém bota US$ 57 bilhões onde acha que a situação é muito crítica."
Leilão de libra
"Acho que há uma tendência de muita gente de olhar sempre o copo meio vazio. E (isso) é complicado, porque uma parte da economia é expectativa. Cada vez que você instila a desconfiança, instila uma clima de expectativa muito ruim. Vou dar um exemplo bem concreto: leilão de Libra. Eu passei pelo menos os cinco dias anteriores ao leilão de libra pensando em que mundo estamos, eu e a imprensa. A imprensa dizia que seria uma catástrofe, que viriam os chineses se adonar dos nossos recursos, que não vinha nenhuma empresa internacional, enfim, que seria uma situação caótica. Ora, o leilão mostrou um dos consórcios mais fortes do mundo."

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