Pobreza estaciona e miséria cresce na América Latina
Autor(es): Martha Beck |
O Globo - 06/12/2013 |
O número de pessoas em situação de pobreza
na América Latina atingiu 164 milhões em 2013, o que equivale a 27,9% da
população da região. Deste total, 68 milhões (ou 11,5% dos habitantes)
se encontram em situação de extrema pobreza ou indigência. Os números
divulgados ontem pela Comissão Econômica para a América Latina e o
Caribe (Cepal) mostram que a pobreza se manteve praticamente estável em
relação a 2012, com um pequeno aumento no número de pessoas em situação
de extrema pobreza ou indigência, que eram 66 milhões no ano passado.
De
acordo com o documento "Panorama Social da América Latina 2013" a
estabilidade no número de pessoas pobres em 2013 se explica pela
desaceleração na atividade econômica da América Latina. Já o aumento do
número de indigentes está diretamente ligado à elevação da inflação nos
países este ano, especialmente no caso dos alimentos.
O
Brasil conseguiu reduzir a pobreza numa velocidade maior que a América
Latina como um todo, aponta o levantamento. Segundo o secretário
executivo adjunto da Comissão, Antônio Prado, enquanto a pobreza na
região recuou de 48,4% da população para 28,2% entre 1990 e 2013, no
Brasil, a taxa caiu de 48% para 18,6%.
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O Brasil apresentou um ritmo mais rápido de queda na pobreza. Isso tem a
ver com as políticas de combate à pobreza, com o dinamismo do mercado
de trabalho e com o crescimento dos salários — explicou Prado.
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