sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

História de consumo - IPI e juro baixo como armas

História de consumo - IPI e juro baixo como armas

O Globo - 16/12/2013
 

0 estímulo à poupança é carta nova num modelo econômico que apostou as fichas no consumo.
Em 2009, a crise mundial chegou j ao seu pior momento, e o governo | anunciou os primeiros cortes de | IPI para fogões, geladeiras e | outros produtos da linha branca.
Em maio de 2012, foi a vez de os carros ficarem livres do IPI. As vendas começaram a bater recordes.
Na construção civil, houve desonerações de impostos, com crédito habitacional mais barato e fácil e prazos de pagamento mais longos. 0 programa Minha Casa, Minha Vida, que subsidia moradia para população de menor renda, é um capítulo à parte do aquecimento do setor.
Seu adendo mais recente, o Minha Casa Melhor empresta até R$ 5 mil para compra de móveis, eletrodomésticos, computadores e tablets com prazo de 48 meses e juros de 5% ao ano. Nos financiamentos tradicionais, a taxa é 61%.
Outra forte ofensiva foi direcionada aos bancos. Depois de estimular os empréstimos consignados e baixar a taxa básica de juros, que chegou ao piso histórico de 7,25% ao ano no início de 2013, o governo iniciou uma pressão para que os bancos emprestassem mais e com taxas menores. Banco do Brasil e Caixa foram os primeiros a reduzir os juros para forçar os concorrentes privados a seguir o mesmo caminho. Mas a estratégia pareceu insuficiente, e a presidente Dilma interferiu pessoalmente, chamando os banqueiros para conversar.
Por essas e outras, o consumo das famílias vem sustentando o PIB do país e, apesar da perda de fôlego, registrou o 40º trimestre seguido de alta. Também não é sem razão que o nível de endividamento das famílias está batendo recordes

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