História de consumo - IPI e juro baixo como armas
O Globo - 16/12/2013 |
0 estímulo à poupança é carta nova num modelo econômico que apostou as fichas no consumo.
Em
2009, a crise mundial chegou j ao seu pior momento, e o governo |
anunciou os primeiros cortes de | IPI para fogões, geladeiras e | outros
produtos da linha branca.
Em maio de 2012, foi a vez de os carros ficarem livres do IPI. As vendas começaram a bater recordes.
Na
construção civil, houve desonerações de impostos, com crédito
habitacional mais barato e fácil e prazos de pagamento mais longos. 0
programa Minha Casa, Minha Vida, que subsidia moradia para população de
menor renda, é um capítulo à parte do aquecimento do setor.
Seu
adendo mais recente, o Minha Casa Melhor empresta até R$ 5 mil para
compra de móveis, eletrodomésticos, computadores e tablets com prazo de
48 meses e juros de 5% ao ano. Nos financiamentos tradicionais, a taxa é
61%.
Outra
forte ofensiva foi direcionada aos bancos. Depois de estimular os
empréstimos consignados e baixar a taxa básica de juros, que chegou ao
piso histórico de 7,25% ao ano no início de 2013, o governo iniciou uma
pressão para que os bancos emprestassem mais e com taxas menores. Banco
do Brasil e Caixa foram os primeiros a reduzir os juros para forçar os
concorrentes privados a seguir o mesmo caminho. Mas a estratégia pareceu
insuficiente, e a presidente Dilma interferiu pessoalmente, chamando os
banqueiros para conversar.
Por
essas e outras, o consumo das famílias vem sustentando o PIB do país e,
apesar da perda de fôlego, registrou o 40º trimestre seguido de alta.
Também não é sem razão que o nível de endividamento das famílias está
batendo recordes
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