União Europeia aprova mais sanções à Síria e discute agravamento da crise na Ucrânia
14/05/2012
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
A União Europeia (UE) aprovou hoje (14) mais um pacote de
sanções ao governo do presidente da Síria, Bashar Al Assad. Pelas
sanções, diversas pessoas ligadas a Assad estão proibidas de renovar o
visto de entrada nos 27 países que integram o bloco europeu. Os nomes
serão publicados no Boletim Oficial (espécie de Diário Oficial) da União Europeia.
Há 14 meses, uma série de ações violentas atingiu a Síria, pois
manifestantes pressionam pela saída de Assad, que resiste em deixar o
governo. Os embates entre forças do governo e opositores são diários.
Organizações não governamentais e jornalistas são impedidos de entrar no
país. Um grupo de observadores das Nações Unidas está na Síria para
implementar o cessar-fogo.
Também foi definido congelamento de bens de duas empresas e de três
pessoas consideradas agentes financiadores do governo Assad. Atualmente,
126 pessoas e 41 empresas são alvos de sanções europeias. As medidas
afetam o Banco Central da Síria e o comércio de metais preciosos.
Na última reunião da União Europeia, em abril, foram proibidas as
exportações de produtos de luxo para a Síria, uma medida essencialmente
simbólica que visava ao casal Assad.
Os ministros das Relações Exteriores, da UE, reunidos hoje em Bruxelas
discutem ainda a questão de direitos humanos na Ucrânia e o fim da
ocupação no Afeganistão. A menos de um mês do início do campeonato da
Europa de futebol, cujos jogos ocorrerão na Ucrânia (co-organizadora do
evento com a Polônia), há o temor de que as divergências entre as
autoridades europeias e ucranianas reflitam nas competições.
A União Europeia tem alertado sobre o funcionamento da democracia e da
Justiça na Ucrânia, além de demonstrar preocupação sobre a
ex-primeira-ministra ucraniana Iulia Timochenko – condenada a sete anos
de prisão em um processo em que é acusada de desvio de dinheiro público.
Ela alega sofrer maus-tratos de autoridades do governo.
Em relação ao Afeganistão, o tema será tratado na Cúpula da Organização
do Tratado do Atlântico Norte (Otan), nos dias 20 e 21, em Chicago
(Estados Unidos). Os ministros pretendem discutir também a assistência
que a União Europeia prestará no Afeganistão a partir de 2014, após a
retirada das tropas e transferência da segurança para as forças afegãs.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante
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