Coreia do Norte anuncia ter aprovado ataque nuclear aos EUA
Publicado em Carta Capital
O Exército da Coreia do Norte anunciou que recebeu a aprovação final
para um ataque militar “impiedoso” aos Estados Unidos, incluindo o uso
de armas nucleares “avançadas”.
Segundo um comunicado divulgado pela agência noticiosa oficial do país, a KCNA, o Exército “informou formalmente Washington” de que “as ameaças imprudentes” dos americanos seriam “esmagadas por armas nucleares com tecnologia de ponta, menores, mais leves e diversificadas”.
“A operação impiedosa das nossas Forças Armadas revolucionárias com este objetivo [atacar os EUA] foi finalmente aprovada”, lê-se no comunicado, que adverte ainda os EUA a “ponderar melhor a grave situação”.
O comunicado acrescenta que “o momento da explosão está próximo”, avisando que a guerra na península coreana pode começar “hoje ou amanhã [quinta-feira ou sexta-feira, no horário local]“.
Também na quarta-feira, os Estados Unidos anunciaram que enviarão um sistema de defesa antimísseis à base de Guam, no Oceano Pacífico, como medida de “precaução” face às recentes ameaças feitas pela Coreia do Norte.
“Este posicionamento fortalecerá as capacidades para defender os cidadãos americanos do território de Guam e as forças ali estacionadas”, afirma um comunicado do Departamento de Defesa dos EUA.
O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, classificou as ameaças da Coreia do Norte como um perigo “real e claro” para os interesses dos Estados Unidos e de aliados como a Coreia do Sul e o Japão.
A Coreia do Norte teria deslocado um míssil de médio alcance, capaz de atingir alvos na Coreia do Sul e no Japão, para a sua costa leste, informou nesta quinta-feira a agência noticiosa sul-coreana Yonhap. O movimento foi detectado tanto pelos serviços de inteligência sul-coreanos como pelos americanos, noticia a Yonhap, citando fontes militares e governamentais.
“Parecia que o objeto era um míssil balístico Musudan de médio alcance”, disse uma fonte oficial. “Estamos a monitorar de perto a situação, no sentido de averiguar se o norte o moveu para realmente lançá-lo ou se o fez apenas como uma demonstração de força contra os Estados Unidos”, acrescentou.
Bloqueio de Kaesong
Nesta quarta 3, o governo sul-coreano havia sido informado sobre a decisão de Pyongyang de bloquear o acesso ao complexo de Kaesong, levando Seul a não descartar uma ação militar para proteger seus cidadãos.
O complexo de Kaesong, situado em território norte-coreano a 10 km da fronteira, foi aberto em 2004. Ele simboliza a cooperação entre as duas Coreias e constitui uma fonte essencial de renda para o Norte, um país comunista que manteve praticamente intactas suas estruturas políticas e econômicas da época da Guerra Fria.
O local, onde trabalham 53 mil norte-coreanos, sempre se manteve aberto, apesar das diversas crises na península, com exceção de apenas um dia, em 2009.
“O Norte nos notificou que só estavam autorizadas as viagens de volta de Kaesong e ficava proibida a entrada no complexo”, indicou o porta-voz do Ministério sul-coreano da Unificação, encarregado das relações entre os dois países separados desde a guerra da Coreia, de 1950 a 1953.
“Temos preparado um plano de emergência, incluindo uma possível ação militar” para garantir a segurança de seus cidadãos que trabalham em Kaesong, disse o ministro sul-coreano da Defesa, Kim Kwan-jin.
Dos 861 sul-coreanos presentes no complexo de Kaesong, 33 deixaram o local à tarde, mas centenas deles decidiram ficar para garantir o bom funcionamento das empresas.
Com informações de MAM/lusa/rtr/dpa/afp
Segundo um comunicado divulgado pela agência noticiosa oficial do país, a KCNA, o Exército “informou formalmente Washington” de que “as ameaças imprudentes” dos americanos seriam “esmagadas por armas nucleares com tecnologia de ponta, menores, mais leves e diversificadas”.
“A operação impiedosa das nossas Forças Armadas revolucionárias com este objetivo [atacar os EUA] foi finalmente aprovada”, lê-se no comunicado, que adverte ainda os EUA a “ponderar melhor a grave situação”.
O comunicado acrescenta que “o momento da explosão está próximo”, avisando que a guerra na península coreana pode começar “hoje ou amanhã [quinta-feira ou sexta-feira, no horário local]“.
Também na quarta-feira, os Estados Unidos anunciaram que enviarão um sistema de defesa antimísseis à base de Guam, no Oceano Pacífico, como medida de “precaução” face às recentes ameaças feitas pela Coreia do Norte.
“Este posicionamento fortalecerá as capacidades para defender os cidadãos americanos do território de Guam e as forças ali estacionadas”, afirma um comunicado do Departamento de Defesa dos EUA.
O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, classificou as ameaças da Coreia do Norte como um perigo “real e claro” para os interesses dos Estados Unidos e de aliados como a Coreia do Sul e o Japão.
A Coreia do Norte teria deslocado um míssil de médio alcance, capaz de atingir alvos na Coreia do Sul e no Japão, para a sua costa leste, informou nesta quinta-feira a agência noticiosa sul-coreana Yonhap. O movimento foi detectado tanto pelos serviços de inteligência sul-coreanos como pelos americanos, noticia a Yonhap, citando fontes militares e governamentais.
“Parecia que o objeto era um míssil balístico Musudan de médio alcance”, disse uma fonte oficial. “Estamos a monitorar de perto a situação, no sentido de averiguar se o norte o moveu para realmente lançá-lo ou se o fez apenas como uma demonstração de força contra os Estados Unidos”, acrescentou.
Bloqueio de Kaesong
Nesta quarta 3, o governo sul-coreano havia sido informado sobre a decisão de Pyongyang de bloquear o acesso ao complexo de Kaesong, levando Seul a não descartar uma ação militar para proteger seus cidadãos.
O complexo de Kaesong, situado em território norte-coreano a 10 km da fronteira, foi aberto em 2004. Ele simboliza a cooperação entre as duas Coreias e constitui uma fonte essencial de renda para o Norte, um país comunista que manteve praticamente intactas suas estruturas políticas e econômicas da época da Guerra Fria.
O local, onde trabalham 53 mil norte-coreanos, sempre se manteve aberto, apesar das diversas crises na península, com exceção de apenas um dia, em 2009.
“O Norte nos notificou que só estavam autorizadas as viagens de volta de Kaesong e ficava proibida a entrada no complexo”, indicou o porta-voz do Ministério sul-coreano da Unificação, encarregado das relações entre os dois países separados desde a guerra da Coreia, de 1950 a 1953.
“Temos preparado um plano de emergência, incluindo uma possível ação militar” para garantir a segurança de seus cidadãos que trabalham em Kaesong, disse o ministro sul-coreano da Defesa, Kim Kwan-jin.
Dos 861 sul-coreanos presentes no complexo de Kaesong, 33 deixaram o local à tarde, mas centenas deles decidiram ficar para garantir o bom funcionamento das empresas.
Com informações de MAM/lusa/rtr/dpa/afp
Nenhum comentário:
Postar um comentário