Chipre: fila nos bancos
Correio Braziliense - 29/03/2013 |
Os saques foram limitados a 300 euros por dia, e os bancos foram proibidos de descontar cheques. Os empregados das instituições chegaram cedo para trabalhar, em Nicósia, onde cédulas de euros eram distribuídas por caminhões blindados. O Banco Central Europeu não comentou rumores de que, para atender a demanda por dinheiro vivo, teria enviado mais cédulas de euros à ilha. As autoridades dizem que a restrição aos saques será temporária — incialmente por sete dias —, mas economistas afirmam que será difícil suspendê-la enquanto a economia estiver em crise. Medo Em Nicósia, havia alívio, mas também alguma apreensão. “Você não tem ideia do quanto eu estava esperando por isso”, disse o aposentado Froso Kokikou, numa fila do Banco Popular do Chipre (Laiki). “Tenho uma sensação de medo e frustração por precisar ficar desse jeito na fila; parece um país de terceiro mundo, mas o que se pode fazer?”, disse Kokikou. “Foi o que nos impuseram, e temos de conviver com isso.” A Bolsa cipriota permaneceu fechada. Com apenas 860 mil habitantes, Chipre tem 68 bilhões de euros depositados em seus bancos — um sistema financeiro desproporcional ao tamanho do país, que atraía muitos depósitos de estrangeiros, especialmente russos, como um paraíso fiscal. A economia local acabou contaminada pela crise na vizinha Grécia. O ministro das Relações Exteriores, Ioannis Kasoulides, disse que o governo espera suspender completamente o regime de controles de capital sobre seus bancos em cerca de um mês. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário