As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) propuseram, ontem, ao governo de Juan Manuel Santos um pacto de regularização do conflito interno. O plano estabelece normas de conduta humanitária a ambas as partes enquanto se negocia a paz. De acordo com um comunicado lido por Pablo Catatumbo, um dos negociadores da guerrilha, as Farc ofereceram "negociar e formar um tratado de regularização da guerra ou um cessar bilateral das hostilidades entre as partes (...) com uma verificação internacional", que inclua "mínimos humanitários" de comportamento entre as forças beligerantes".
As guerras internacionais estão reguladas pelos Convênios de Genebra. O primeiro deles foi assinado em 1864 sob auspícios do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). "Fazer um pacote de "mínimos humanitários" (em termos de comportamento no conflito armado) resulta em envolver, como é elementar no bom senso, as duas partes que intervêm no conflito, ou seja, o governo e a insurgência", acrescentou Catatumbo, que participa das negociações em Havana.
Até agora, o governo de Santos rejeitou qualquer trégua bilateral, por isso não se uniu aos dois acordos de cessar-fogo unilaterais decretados pela guerrilha desde que começaram as conversações de paz, há 15 meses. Catatumbo também negou que o máximo líder das Farc, Timoleón Jiménez "Timochenko", esteja ou tenha estado secretamente em Cuba, tal como afirmou no domingo o candidato presidencial colombiano Óscar Iván Zuluaga, do partido do ex-presidente Álvaro Uribe. Segundo o jornal colombiano El Espectador, Zuluaga disse que, se for confirmada a presença em Cuba do chefe das Farc, isso constituiria uma ofensa para os colombianos e as vítimas da guerrilha.
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