Na Índia, Dilma defende ampliação do Conselho de Segurança da ONU e de instituições internacionais
28/03/2012
Karla Wathier e Renata Giraldi
Repórteres da EBC
Repórteres da EBC
A presidenta Dilma Rousseff defendeu
hoje (28), em Nova Delhi, na Índia, as reformas do Conselho de Segurança
da Organização das Nações Unidas (ONU) e das instituições financeiras
internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco
Mundial. Dilma disse que Brasil e Índia querem um sistema internacional
“mais democrático”.
“O Brasil e a Índia compartilham o desejo de construir um sistema
internacional mais democrático, enraizado no direito internacional,
voltado para a cooperação e a paz”, ressaltou a presidenta, que recebeu
hoje o título de doutora honoris causa da Universidade de Nova Delhi.
Os líderes dos países que compõem o Brics – Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul – querem a ampliação nos assentos permanentes
Conselho de Segurança da ONU e das instituições financeiras
internacionais, como o FMI e o Banco Mundial. Para o Brics, a economia
sólida e em crescimento dos países do bloco deve ser considerada para
essas mudanças sugeridas nos órgãos internacionais.
No discurso, a presidenta reiterou ainda que o Brasil apoia as
negociações pacíficas na busca por acordos em regiões em crise, como a
Síria e o Afeganistão, sem a ingerência de forças e pressão
estrangeiras. Segundo ela, Brasil e Índia são contrários às ações
unilaterais e autoritárias. A afirmação é uma resposta à pressão dos
Estados Unidos e da União Europeia em relação ao tema.
“[O Brasil e a Índia] rejeitam as ações unilaterais e doutrinas que
enfatizam o uso da força”, disse a presidenta. Segundo Dilma,
brasileiros e indianos são favoráveis à busca pelo consenso e ao
multilateralismo.
A presidenta chegou ontem (27) à Índia onde fica até sábado (31). Ela
participa da 4ª Cúpula do Brics – bloco formado por Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul. Nas reuniões estarão presentes além de
Dilma, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e os presidentes
Jacob Zuma (África do Sul), Hu Jintao (China), e Dmitri Medvedev
(Rússia).
Edição: Talita Cavalcante
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