quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Teste para Cristina K.: Greve geral na Argentina afeta Brasil

Teste para Cristina K.: Greve geral na Argentina afeta Brasil

Surpresa no feriadão
Autor(es): Janaína Figueiredo
O Globo - 21/11/2012
 

Protesto é o maor em 10 anos no país vizinho. Voos entre Brasil e Argentina são cancelados

Buenos Aires e Rio A Argentina foi cenário ontem da primeira greve geral desde que os Kirchner chegaram ao poder, em maio de 2003. A paralisação, que interrompeu os transportes e suspendeu serviços básicos, foi convocada por três centrais sindicais que fazem oposição ao governo: a ala da Central Geral de Trabalhadores (CGT), liderada pelo líder dos caminhoneiros Hugo Moyano - até o ano passado, um forte aliado da Casa Rosada -, a Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA), comandada por Pablo Micheli; e a Federação Agrária Argentina (FAA).
O protesto atrapalhou a volta ao país dos brasileiros que escolheram Buenos Aires como destino para o último grande feriado do ano. Ao todo, 25 voos entre o Brasil e o país vizinho haviam sido cancelados até a noite de ontem.
A Aerolíneas Argentinas foi a que suspendeu mais voos (17). Foram cinco que partiriam de Buenos Aires para o Rio (Galeão), outros cinco voos da capital argentina para São Paulo (Guarulhos) e dois voos para Porto Alegre. As partidas, desde os aeroportos de Ezeiza e Aeroparque, foram reprogramadas para hoje. As decolagens do Brasil para lá também foram canceladas: duas a partir do Rio, duas a partir de São Paulo e uma a partir de Porto Alegre.
Voos de Gol e TAM não são afetados
Já a Austral suspendeu quatro voos de São Paulo, dois Guarulhos-Buenos Aires e outros dois que partiriam da capital argentina para São Paulo. Para saber detalhes dos voos cancelados e acompanhar as reprogramações, a Aerolíneas recomenda acessar seu site (www.aerolineas.com.ar). A Austral pertence ao mesmo grupo.
A LAN cancelou quatro voos entre São Paulo e Buenos Aires. Os passageiros poderão ter reembolso integral dos bilhetes. Quem quiser remarcar a viagem pode entrar em contato com o call center: 0300 788 0045 no Brasil e 0810-9999-526 na Argentina. Voos de TAM e Gol não foram afetados.
A professora Luana Lisboa, que trabalha na Fundação Getulio Vargas, foi uma das que ficaram presas em Buenos Aires. Ela e os amigos Geisiane Rodrigues, servidora pública, Júlio César Rosa, auxiliar administrativo, e Paulo José Leal, analista de sistemas, viajaram para a Argentina quinta-feira passada, no feriado da Proclamação da República. O grupo deveria ter voltado ao Brasil ontem às 16h25m, no voo AR 1294.
Eles ficaram indignados com a falta de informação da companhia. A aérea ofereceu a promessa de embarcá-los em outro voo para o Rio, no próximo domingo, dia 25, sem pagar hotel nem táxi. Depois de muita discussão, o grupo conseguiu que a Aerolíneas os realocasse num voo previsto para hoje, às 16h30m. Eles escolheram a passagem da Aerolíneas porque era a mais barata.
- O atendimento da Aerolíneas foi péssimo. Eles nos deram um número de telefone para fazer reclamação e não pagaram alimentação, hotel nem transporte - reclamou Luana.
Carolina Vianna e Cléber Cruz também foram passar o feriado em Buenos Aires e voltariam para São Paulo, num voo da Aerolíneas (AR 1248) que sairia às 19h25m do Aeroparque com destino ao Aeroporto de Guarulhos (SP). O voo foi cancelado, e a companhia sugeriu que eles fossem para o Aeroporto de Ezeiza tentar embarcar em outro voo, sem ressarcimento. E eles ainda teriam de pagar pela nova passagem.
Eles não aceitaram a oferta e, depois de muito insistir, conseguiram vaga no voo AR 1246, saindo do Aeroparque à 1h50m de hoje para São Paulo.
- Tivemos que pagar pela corrida de táxi o triplo do valor normal do hotel até o aeroporto, por causa da greve - reclamou Cruz, no saguão do aeroporto.












































 

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