sábado, 6 de julho de 2013

De volta ao futuro

De volta ao futuro

Em clima de paz e por um país melhor
Correio Braziliense - 24/06/2013
 

Representantes de movimentos sociais querem repetir a magnitude da mobilização de quinta-feira passada na capital do país. Esperam levar 35 mil pessoas à Esplanada. Entre os organizadores, há os que defendem uma única reivindicação para a próxima quarta-feira: a saída de Marco Feliciano da Comissão de Direitos Humanos.

Após uma semana com milhares de pessoas tomando as ruas em atos que acabaram em conflito com a polícia por causa de uma minoria, a maioria das manifestações de ontem foi totalmente pacífica e com a presença maciça de crianças. "Eu sou o futuro", exibiam, em camisetas e cartazes, meninas e meninos com média de 3 anos de idade, evidenciando como a onda de protestos no país atraiu famílias inteiras. Os pequenos foram protagonistas em Brasília, no Rio de Janeiro, onde o evento foi batizado de Rio Brincante, e em Porto Alegre, com a Marcha das Crianças.
Pais e filhos se reuniram já pela manhã no Aterro do Flamengo, na capital fluminense, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (leia mais na página 18), e em Porto Alegre, para fazer um piquenique cidadão, confeccionando cartazes e pintando o rosto de verde-amarelo. No lugar dos gritos de ordem, usaram cantigas de roda como reivindicação por "um mundo melhor". Reclamaram também da truculência policial em alguns protestos. "Troque a bala de borracha pelo copo de suquinho", dizia o cartaz de uma menina na manifestação carioca.
À tarde, também no Rio de Janeiro, na praia de Copacabana, um grupo de ativistas se reuniu para colocar faixas na areia. Nos cartazes, frases contrárias à Proposta de Emenda à Constituição nº 37 — que reduz o poder de investigação do Ministério Público—, e à corrupção. Os manifestantes cobravam por saúde e educação de qualidade. Enquanto isso, policiais distribuíam panfletos, pedindo paz nas passeatas. Depois dessa concentração, os manifestantes caminharam pela cidade, passando pela Avenida Delfim Moreira, no Leblon, onde mora o governador Sérgio Cabral. Cerca de 4 mil pessoas participaram do ato, segundo a Polícia Militar.
O dia também foi de protestos em cidades do interior de São Paulo, como Ubatuba, Orlândia e Praia Grande; de Goiás, como Caldas Novas; e do Rio Grande do Sul, como Venâncio Aires, Erechim, Canela, Capão da Canoa e Bagé. A tranquilidade, porém, teve exceções. Em Fortaleza, onde houve partida entre Nigéria e Espanha pela Copa das Confederações, cerca de 1 mil pessoas participaram de ato na pista que dá acesso ao aeroporto da cidade. A via ficou bloqueada por quase duas horas. Vândalos picharam e esvaziaram pneus de carros de emissoras de televisão.

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