Encorajado por vizinhos, Lugo cria gabinete paralelo
O tom abatido e as palavras pacíficas da última sexta-feira, após seu
governo ser derrubado por um impeachment relâmpago, foram deixados para
trás pelo ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo. Claramente
encorajado pela reação dos países vizinhos a sua destituição, Lugo
partiu para o ataque nesta segunda-feira 25. Após uma reunião com
aliados, disse não reconhecer o governo de seu antigo vice Federico
Franco, alçado à presidência pelo Congresso, e anunciou a criação de um
gabinete de governo paralelo.
Apesar da mudança de postura, Lugo reafirmou que não pretende recorrer à violência. “Acompanhamos todo tipo de manifestação pacífica para que a ordem constitucional interrompida na sexta-feira retorne”, disse Lugo. Ele reiterou que tudo se tratou de um “golpe parlamentar” e negou qualquer possibilidade de ajudar o governo Franco. Interlocutores do novo presidente cogitaram a possibilidade de Lugo intermediar diálogos com governos regionais para reduzir o isolamento do Paraguai. Lugo disse que não faria isso pois se trata de um “falso governo”. “Os cidadãos não aceitam um governo que rompeu com a constitucionalidade da República, não se pode colaborar com um governo que não tem a legitimidade”, afirmou.
Ao negar a legitimidade do governo Franco, Lugo tomou para si esse conceito. Em entrevista nesta segunda, Lugo usou o termo “presidente” para designar a si mesmo e disse que o gabinete paralelo vai servir para fiscalizar a gestão de Franco. Segundo ele, os membros deste grupo serão “fiscais, observadores e vão monitorar tudo o que (os novos ministros) fizerem quando assumirem”, disse. Parte do novo ministério de Franco tomou posse nesta segunda-feira. O presidente destituído, inclusive, não descartou a possibilidade de retomar o poder. “Na política tudo pode acontecer”, disse, segundo o jornal ABC Color.
Lugo afirmou ainda que estará na próxima reunião do Mercosul, marcada para esta semana em Mendoza, na Argentina.
Lugo explicou sua mudança de postura alegando que o tom pacífico da última sexta-feira era uma tentativa de evitar a violência. “Nos submetemos ao julgamento político e não vamos deixar os promotores da morte saborearem o momento, aqueles que provocaram a morte dos camponeses e policiais”, disse. Era uma alusão ao confronto agrário ocorrido neste mês que deixou 17 mortos.
O novo ímpeto de Lugo tem muito a ver com a postura dos países da região. Até o momento nenhum governo da América do Sul reconheceu o novo governo do Paraguai. A Argentina, o Brasil, o Uruguai e o Chile tomaram diversas medidas diplomáticas para expressar sua preocupação pelo que aconteceu no Paraguai e a Venezuela anunciou no domingo que cortou o fornecimento de petróleo ao país.
Com informações da AFP
Apesar da mudança de postura, Lugo reafirmou que não pretende recorrer à violência. “Acompanhamos todo tipo de manifestação pacífica para que a ordem constitucional interrompida na sexta-feira retorne”, disse Lugo. Ele reiterou que tudo se tratou de um “golpe parlamentar” e negou qualquer possibilidade de ajudar o governo Franco. Interlocutores do novo presidente cogitaram a possibilidade de Lugo intermediar diálogos com governos regionais para reduzir o isolamento do Paraguai. Lugo disse que não faria isso pois se trata de um “falso governo”. “Os cidadãos não aceitam um governo que rompeu com a constitucionalidade da República, não se pode colaborar com um governo que não tem a legitimidade”, afirmou.
Ao negar a legitimidade do governo Franco, Lugo tomou para si esse conceito. Em entrevista nesta segunda, Lugo usou o termo “presidente” para designar a si mesmo e disse que o gabinete paralelo vai servir para fiscalizar a gestão de Franco. Segundo ele, os membros deste grupo serão “fiscais, observadores e vão monitorar tudo o que (os novos ministros) fizerem quando assumirem”, disse. Parte do novo ministério de Franco tomou posse nesta segunda-feira. O presidente destituído, inclusive, não descartou a possibilidade de retomar o poder. “Na política tudo pode acontecer”, disse, segundo o jornal ABC Color.
Lugo afirmou ainda que estará na próxima reunião do Mercosul, marcada para esta semana em Mendoza, na Argentina.
Lugo explicou sua mudança de postura alegando que o tom pacífico da última sexta-feira era uma tentativa de evitar a violência. “Nos submetemos ao julgamento político e não vamos deixar os promotores da morte saborearem o momento, aqueles que provocaram a morte dos camponeses e policiais”, disse. Era uma alusão ao confronto agrário ocorrido neste mês que deixou 17 mortos.
O novo ímpeto de Lugo tem muito a ver com a postura dos países da região. Até o momento nenhum governo da América do Sul reconheceu o novo governo do Paraguai. A Argentina, o Brasil, o Uruguai e o Chile tomaram diversas medidas diplomáticas para expressar sua preocupação pelo que aconteceu no Paraguai e a Venezuela anunciou no domingo que cortou o fornecimento de petróleo ao país.
Com informações da AFP
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