quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Annan renuncia ao cargo de enviado especial da ONU à Síria

Annan renuncia ao cargo de enviado especial da ONU à Síria

 Do Uol

 

O enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, renunciou ao cargo nesta quinta-feira. O anúncio foi feito por meio de um comunicado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em meio ao aumento da violência no país.
Ban anunciou "com profundo pesar" a renúncia de Annan, que foi nomeado para o posto no dia 23 de fevereiro deste ano.


Atta Kenare - 10.jul.12/France Presse: Kofi Annan se reúne com o ministro iraniano para Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, em 10 de julho, para discutir a crise síria
"O sr. Annan informou a mim e ao secretário-geral da Liga Árabe, sr. Nabil Elaraby, a intenção de não renovar seu mandato,que expira em 31 de agosto de 2012", informa Ban no texto, acrescentando que ele e Elaraby agora dialogam para escolher um sucessor para Annan.
"Kofi Annan merece nossa profunda admiração, pela forma altruísta com que usa suas habilidades formidáveis", escreveu ainda Ban.
Annan havia proposto em abril, mês da chegada dos observadores internacionais à Síria, um plano de cessar fogo para dar fim ao conflito. No entanto, nem o governo nem a oposição respeitaram o acordo.

CONFLITO AFETA MILHÕES
 
Na segunda-feira (30), Ban afirmou que ao menos 2 milhões de pessoas já foram afetadas pelo conflito sírio entre o governo e a oposição desde março de 2011. Segundo ele, caso não haja uma ação rápida, os enfrentamentos poderão ser expandidos para os países vizinhos.
"Uma guerra sectária poderia afetar gravemente os vizinhos da Síria, Turquia, Iraque, Líbano, Jordânia e Israel. A resposta não deve ser com mais combates. A militarização desse conflito só aumentaria a devastação e prolongará o sofrimento".
Devido ao aumento dos confrontos e da quantidade de refugiados sírios na Turquia, a Grécia reforçou sua fronteira com o país, com 1.800 agentes de segurança, para evitar a entrada de cidadãos sírios no chamado Espaço Schengen e na Europa.
Mesmo não tendo sinal de um número grande de sírios indo ao país europeu, especialmente devido à crise financeira, o governo grego foi pressionado por outros membros da União Europeia a reforçar as divisões com a Turquia.
De acordo com a ONU, mais de 200 mil sírios estão refugiados em países vizinhos, a maioria na Turquia, no Líbano e na Jordânia.

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