Rússia insiste em buscar saída negociada com a Síria para evitar sanções e intervenção externa
16/07/2012 -
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
O governo do presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai
insistir na Organização das Nações Unidas (ONU) em buscar um acordo com
as autoridades sírias para evitar uma intervenção externa. O ministro
dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, disse hoje (16) que
há esperança de se obter um consenso entre as autoridades estrangeiras e
russas. Os russos, aliados dos sírios, querem evitar a imposição de
sanções e a intervenção externa na região.
O emissário especial da ONU e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan,
reuniu-se hoje com Lavrov e também com Putin. O único assunto em
discussão é a crise na Síria, que já dura 16 meses, e matou mais de 16
mil pessoas, inclusive crianças e mulheres.
Os representantes dos países ocidentais propuseram no Conselho de
Segurança da ONU um projeto de resolução que determina sanções
diplomáticas e econômicas à Síria, se o governo do presidente Bashar Al
Assad não cumprir, em dez dias, as exigências como o fim do uso de armas
pesadas.
Lavrov defende ainda que o Irã e a Arábia Saudita também participem da
solução da crise síria. "Consideramos que a Arábia Saudita e o Irã, por
razões conhecidas, têm influência na situação”, disse ele. “Todos
compreendem que é preciso conversar com o Irã e a Arábia Saudita, o que
Kofi Annan faz [negociar com líderes internacionais] seria mais útil, se
eles estivessem à mesa das conversações e ajudassem a elaborar soluções
viáveis."
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
Edição: Talita Cavalcante
Gostaria de saber o porquê de Russia e China sempre vetarem em relação aos conflitos da Síria?
ResponderExcluirBem..por vários motivos. Primeiro, Rússia é China tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, ou seja, sua posição institucional lhes dá poder para o veto. Segundo, Rússia e China argumentam que não há provas de que o conflito na Síria parta de opressão deliberada do Estado Sírio, pois a Síria argumenta que sua ação é reativa à ação de grupos extremistas ligados ao terrorismo, posição contrária é defendida pelos EUA e paises europeus que condenam a ação do governo Sírio. Terceiro, por diversos interesses econômicos e geopolíticos na região.
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