quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Fuzileiros norte-americanos vão à Líbia

Fuzileiros norte-americanos vão à Líbia

Renata Giraldi* - Repórter da Agência Brasil

Após o ataque ao Consulado dos Estados Unidos em Benghazi, na Líbia, que matou quatro pessoas entre elas o embaixador norte-americano Christopher Stevens, o presidente Barack Obama determinou o envio de uma equipe de fuzileiros navais ao país. Os fuzileiros fazem parte da Equipe de Segurança Antiterrorismo.

A decisão de enviar a equipe, que será reforçada por cerca de 50 soldados, e o anúncio de Obama de que aumentará o esquema de segurança em embaixadas e consulados norte-americanos no mundo ocorreram depois que o prédio da representação diplomática em Benghazi foi atacado por manifestantes enfurecidos com o filme Inocência dos Muçulmanos.

Para alguns muçulmanos, o filme supostamente insulta o profeta Maomé. Informações preliminares indicam que o vídeo foi produzido por um californiano de 52 anos, chamado Sam Bacile, e promovido por um expatriado egípcio copta, uma etnia da região que prega o cristianismo.

Os supostos autores do filme são descritos como tendo posturas críticas ao Islã. Um trailer do filme de baixo orçamento foi postado no YouTube, traduzido para o árabe. Os ataques ao consulado resultaram nas mortes do embaixador norte-americano e outros três funcionários.

No Egito, manifestantes escalaram as paredes da embaixada dos Estados Unidos, no Cairo, e substituíram a bandeira norte-americana por uma bandeira islâmica. Condenando os ataques, Obama disse que serão disponibilizados "todos os recursos necessários para garantir a segurança do pessoal na Líbia e reforçar a segurança em todas as representações diplomáticas no mundo".

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

Edição: Talita Cavalcante

Fonte: EBC
 
 

Publicado em: 13/09/2012

Embaixadas dos EUA e de aliados são alvo de mais protestos de muçulmanos

Embaixadas dos EUA e de aliados são alvo de mais protestos de muçulmanos

13/09/2012 - 8h42
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

As capitais do Egito, do Iêmen e do Irã – todos países muçulmanos – amanheceram hoje (13) em clima de tensão, pois manifestantes protestam em frente às embaixadas dos Estados Unidos e aliados dos norte-americanos nesses locais. No Cairo, capital egípcia, os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
Em Teerã, capital iraniana, cerca de 500 pessoas ocuparam uma área perto da Embaixada da Suíça, enquanto no Iêmen a representação diplomática norte-americana foi ocupada por manifestantes. Em todos os locais, as reações ocorreram por causa da divulgação de um filme, produzido por um norte-americano, considerado ofensivo ao profeta Maomé e ao islamismo.
Os protestos ocorrem um dia depois de os Estados Unidos reforçarem a segurança em todas as embaixadas e consulados no exterior, após a morte do embaixador norte-americano na Líbia, John Christopher Stevens, e mais três funcionários durante um ataque de manifestantes. As autoridades norte-americanas condenaram o ataque e também os protestos.
No Egito, 13 pessoas ficaram feridas apenas no protesto de hoje que começou de madrugada. Os manifestantes, segundo as autoridades, atiraram pedras e garrafas com explosivos contra os policiais. A área onde fica a Embaixada dos Estados Unidos foi cercada por carros policiais. Ontem (12), o governo egípcio apelou para a população se conter.
No Irã, os manifestantes foram convocados por uma associação de estudantes. Com exemplares do Corão e cartazes com a fotografia do guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, os manifestantes gritaram: “Morte à América e Morte a Israel”.
No Iêmen, os manifestantes ocuparam a embaixada norte-americana, mas a polícia conseguiu retirar os funcionários do local. Antes de entrar na embaixada, os manifestantes protestaram retirando a placa que identificava as instalações diplomáticas e queimaram pneus. Na tentativa de dispersar os manifestantes, fuzileiros norte-americanos atiraram para o ar e a polícia iemenita lançou bombas de gás lacrimogêneo e usou canhões de água.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Chávez confirma que pediu saída da Venezuela de órgão de direitos humanos da OEA

Chávez confirma que pediu saída da Venezuela de órgão de direitos humanos da OEA

12/09/2012 -

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que está na reta final da campanha à reeleição, confirmou que o governo formalizou o pedido para deixar a Comissão e a Corte de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Em julho, ele havia anunciado a decisão, mas a medida foi formalizada apenas nesta semana. Pelas regras do órgão, a formalização deve ocorrer com um ano de antecedência até a conclusão do processo.
Para as autoridades venezuelanas, a Comissão e a Corte de Direitos Humanos da OEA não são isentas nem neutras nas avaliações que fazem. Nos últimos anos, o governo Chávez vem travando uma série de embates com os órgãos da OEA.
Chávez disse que a medida é uma reação às ações da OEA, que levantou dúvidas sobre o respeito e a preservação dos direitos humanos na Venezuela. "Espero que em algum momento nós tenhamos uma comissão séria e que possamos lutar com outros governos em defesa dos direitos humanos”, acrescentou.
Segundo o presidente venezuelano, seu governo é um defensor dos direitos humanos. “Nós aqui  lutamos o suficiente [em defesa] dos direitos humanos. Uma luta de mãos em punho em favor do nosso povo", acrescentou ele, negando irregularidades e violações na área.
A Corte  de Direitos Humanos da OEA condenou a Venezuela no caso envolvendo Raúl Diaz Peña, acusado de provocar ataques às embaixadas da Colômbia e Espanha, em Caracas, e ter ficado sem assistência do governo. Chávez rebateu a condenação, informando que todos os trâmites processuais foram respeitados e que agora Peña vive nos Estados Unidos.
O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, lamentou a formalização do governo venezuelano para deixar o órgão. Ele disse que tem esperança de Chávez reverter a decisão. Segundo Insulza,  a corte é um dos pilares das normas legais que abrange a defesa dos direitos humanos no continente.

*Com informações da emissora multiestatal de televisão, Telesur.
Edição: Graça Adjuto

Israel critica os EUA e pede a imposição de limites ao Irã

Israel critica os EUA e pede a imposição de limites ao Irã

 Publicado em Carta Capital

Netanyahu durante a entrevista em que criticou a postura dos Estados Unidos a respeito do Irã. Foto: Gali Tibbon / AFP

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decidiu deixar claro nesta terça-feira 11 suas desavenças com o governo dos Estados Unidos a respeito de como lidar com o programa nuclear do Irã. Em uma entrevista coletiva em Jerusalém, Netanyahu respondeu aos comentários recentes de autoridades norte-americanas e disse que, se a comunidade internacional não estabelecer limites para o Irã, não pode exigir que Israel não ataque as instalações nucleares iranianas.
“O mundo diz a Israel que ainda há tempo. Eu respondo: tempo para quê, tempo até quando?”, questionou Netanyahu durante uma entrevista coletiva com o primeiro-ministro da Bulgária, Boiko Borissov. “Aqueles da comunidade internacional que se recusam a fixar limites ao Irã não tem o direito moral de impô-los a Israel”, advertiu Netanyahu. “O fato é que a cada dia que passa, o Irã está cada vez mais perto da bomba nuclear. Se o Irã sabe que não há limites ou prazo máximo, o que fará? Exatamente o que está fazendo: continuar sem qualquer interferência para obter capacidades nucleares e, a partir daí, bombas atômicas”, completou Netanyahu.
As frases do premiê israelense foram direcionadas aos Estados Unidos. Em entrevista veiculada no domingo 9 pela rádio Bloomberg, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou que a Casa Branca não “está estabelecendo datas-limite” para o Irã. A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, reafirmou na segunda-feira 10 que o presidente Barack Obama tem um compromisso de impedir que o Irã obtenha armas nucleares, e afirmou que o estabelecimento de datas-limites ou limites de desenvolvimento nuclear ao Irã seria inútil.
A indignação de Netanyahu coincide com uma reportagem da agência de notícias Associated Press que coloca mais pressão sobre o Irã. De acordo com a AP, cinco diplomatas confirmaram, de forma anônima, que a Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA) tem novas evidências de que o programa nuclear iraniano tem objetivos bélicos. As evidências, obtidas por Israel, Estados Unidos e outros dois países ocidentais, provariam que em algum momento nos últimos três anos o Irã teria usado modelos matemáticos para calcular o poder de destruição de ogivas nucleares.

Ao escancarar as divergências com os EUA, Netanyahu pode ter uma de duas intenções. O premiê israelense poderia estar tentando forçar a Casa Branca a estabelecer limites ao Irã, passando assim o fardo da pressão sobre Teerã aos EUA. A Casa Branca resiste a tal estratégia por dois motivos. Primeiramente, porque há enorme dificuldade para verificar se o Irã cruzará ou não os limites impostos. Em segundo lugar, o estabelecimento de “linhas vermelhas” serviria como ultimato, em último caso obrigando os EUA a atacar para mostrar que não estão blefando. A dois meses das eleições, as chances de Barack Obama ampliar a pressão contra o Irã é praticamente nula.
A segunda possível estratégia de Netanyahu seria justificar um ataque. Não se sabe se o primeiro-ministro israelense tem mesmo a intenção de atacar e, caso tenha, se conseguirá estabelecer um consenso dentro de Israel. Em agosto, o presidente de Israel, Shimon Peres, pode ter conseguido bloquear o ímpeto de Netanyahu. Caso a intenção de atacar o Irã em breve seja verdadeira, Netanyahu deve estar ciente da possibilidade de perder seu maior aliado, os EUA. Não há dúvidas de que a retaliação iraniana teria interesses americanos como alvo. Criar a possibilidade de isso ocorrer no período eleitoral seria visto como imperdoável pelos políticos americanos, tanto democratas quanto republicanos.
Com informações da AFP. Leia mais em AFP Movil

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Onze anos após ataques do 11/9, EUA enfrentam acusações de abuso de direitos humanos

Onze anos após ataques do 11/9, EUA enfrentam acusações de abuso de direitos humanos

 

Em 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos eram alvo de um dos maiores atentados terroristas da história. Exatos 11 anos depois, o país enfrenta críticas justamente pelas medidas tomadas depois dos atentados.
Nas últimas semanas, os EUA foram acusados de violar direitos humanos no Afeganistão e na captura e morte de Osama bin Laden. Segundo um livro recém-lançado por um ex-militar, o líder da Al Qaeda já tinha levado um tiro na cabeça quando o comando Seal (força especial da Marinha americana) o achou em seu quarto, em uma casa, em Abbottabad, no Paquistão.


Sob o título "No Easy Day: The Firsthand Account Of The Mission That Killed Osama Bin Laden" ("Um dia nada fácil: o primeiro relato da missão que matou Osama Bin Laden", em tradução livre) a publicação oferece um relato em primeira pessoa da operação de 2 de maio de 2011.
O governo de Obama havia indicado que Bin Laden fora visto na entrada do quarto e que depois voltou correndo para dentro dele, o que fez os integrantes do comando suspeitarem de que poderia estar procurando por uma arma.
Mas o autor, que escreve sob o pseudônimo de Mark Owen - embora já tenha sido identificado como Matt Bissonnette pela imprensa -, assegura que Bin Laden recebeu um tiro do comando Seal já na porta do quarto e que foi encontrado depois dentro do mesmo cômodo sangrando por causa do ferimento, segundo trechos citados pela imprensa.
Bin Laden sofria convulsões e uma mulher chorava a seu lado. Os integrantes do comando afastaram a mulher dele e voltaram a disparar contra o terrorista, conta o livro.
As autoridades americanas ainda não quiseram fazer comentários sobre os relatos feitos no livro a respeito da operação, que é vista como um dos grandes êxitos da administração Barack Obama.
Mas o Pentágono quer processar o autor da obra, sob a alegação de que o livro contém informações confidenciais e sensíveis.
O porta-voz George Little disse à imprensa que, do ponto de vista do Pentágono, o autor violou o acordo de confidencialidade que havia assinado antes de ser reformado e que errou ao não apresentar os manuscritos às autoridades antes que fossem publicados.
Enviar o livro para uma revisão é uma questão de "bom senso", afirmou.


Inimigos de Gaddafi

O governo americano também é acusado de ter torturado opositores do ex-ditador líbio Muammar Gaddafi, durante a administração de George W. Bush, entre 2003 e 2005.

Segundo a ONG Human Rights Watch, os EUA enviaram inimigos de Gaddafi ao Afeganistão, onde foram presos e torturados, antes de serem mandados de volta à Líbia. Com base em documentos e testemunhos, a ONG fez um relatório, no qual afirma que vários integrantes do Grupo Islâmico de Combate líbio, movimento suspeito de manter vínculos com a Al Qaeda, foram detidos na chamada "guerra contra o terror".
Os prisioneiros, que hoje fazem parte do novo governo da Líbia apoiado pelos EUA, alegam ter sofrido “graves torturas”, tendo sido impedidos de dormir durante dias em uma prisão sem luz e com uma música que era tocada ininterruptamente em um volume alto. Também há relatos de prisioneiros submetidos ao chamado 'submarino' (quando a cabeça do detido é mergulhada na água até que ele esteja a ponto de se asfixiar).
Segundo eles, a prática de prender opositores de Gaddafi sem acusação formal era parte da política de combate ao terrorismo elaborada pelo governo Bush após os atentados de 11 de Setembro. (Com agências internacionais)

 

O uso político do 11 de setembro nas eleições americanas

O uso político do 11 de setembro nas eleições americanas

Carta Capital
Na convenção democrata, realizada na semana passada, eleitor carrega adesivo com a inscrição “Bin Laden está morto. A GM está viva!” A frase virou lema da campanha democrata para elogiar a bravura de Obama. Foto: Robyn Beck / AFP

No início de maio de 2011, quando Barack Obama surgiu em rede nacional nos Estados Unidos para anunciar o assassinato de Osama bin Laden, uma série de analistas previu que a morte do terrorista serviria para catapultar o democrata à reeleição. A principal razão para tanto era a euforia gerada pelo anúncio, que levou gente às ruas para celebrar como se fosse o 4 de julho. Passados 16 meses, a morte de Bin Laden foi digerida e a recuperação da economia norte-americana desacelerou. Mitt Romney vem se provando um adversário difícil de ser batido e Obama parece disposto a usar todas as armas à disposição para derrotar o republicano – até mesmo o 11 de setembro, que nesta terça-feira completa 11 anos.
O uso político da morte de Bin Laden, e dos atentados, teve início em abril deste ano. Naquele mês, a campanha de Obama lançou na internet o vídeo “One Chance” (Uma chance), que exalta o fato de Obama ter ordenado o arriscado ataque dos seals que foram até Abbottabad, a cidade paquistanesa onde Bin Laden estava escondido. O vídeo conta com depoimento de Bill Clinton, ex-presidente cada vez mais engajado na campanha de Obama, e destaca comentários de Romney, segundo quem os EUA não deveriam realizar ataques dentro do Paquistão contra alvos da Al-Qaeda e nem gastar “bilhões de dólares para pegar um único homem”.
Também em abril, o vice de Obama, Joe Biden, disse uma frase que se tornou lema da campanha democrata. Ao comparar o que Obama fez e o que Romney teria feito como presidente, segundo o próprio Biden, ele disse: “Bin Laden está morto e a General Motors está viva”, um referência ao resgate da montadora de automóveis que chegou à beira da falência durante o auge da crise econômica de 2008. Biden repetiu a frase na convenção do Partido Democrata, realizada na semana passada. No mesmo evento, o senador John Kerry, candidato democrata em 2004, respondeu aos questionamentos de republicanos sobre a condição dos Estados Unidos hoje e há quatro anos. “Perguntem a Osama bin Laden se ele está melhor agora do que há quatro anos”, afirmou Kerry.

Um terceiro possível uso político da operação foi bloqueado pelo Partido Republicano. Documentos obtidos pelo site Judicial Watch mostraram que a Casa Branca, a CIA e o Pentágono cooperaram com interesse com a diretora Kathryn Bigelow (vencedora do Oscar por Guerra ao Terror) e com o roteirista Mark Boal, responsáveis por Zero Dark Thirty (sem tradução para o português), filme sobre a caça a Bin Laden. A gritaria dos republicanos foi tão alta, assim como as suspeitas de que o governo teria passado informações confidenciais a Bigelow e Boal, que o lançamento do filme foi postergado para novembro, depois das eleições.
Os republicanos tentam, por sua vez, neutralizar os possíveis benefícios a Obama. Em agosto, um grupo de ex-integrantes das agências de inteligência americana e das forças especiais publicou um vídeo de 22 minutos no qual critica supostos vazamentos de informações confidenciais provocados pela Casa Branca a respeito de operações militares norte-americanas e também o uso político da morte de Bin Laden. No filme, um homem que se identifica como seal da Marinha dos EUA diz a Obama: “Senhor presidente, você não matou Osama bin Laden, a América o fez”. O grupo de ex-militares, conhecido pela sigla OPSEC, se diz apartidário, mas aparentemente esta não é sua real natureza. O presidente do grupo tentou se candidatar pelo Partido Republicano em 2010. E um dos representantes foi porta-voz do Diretor de Inteligência Nacional no governo do republicano George W. Bush.

Uma cópia de “No Easy Day” em livraria de Nova York, em 4 de setembro. O livro conta detalhes da operação que matou Bin Laden. Foto: Spencer Platt/Getty Images/AFP

A popularidade do assassinato  de Bin Laden colocou a Casa Branca numa situação desconfortável. Desde a semana passada, está na lista dos mais vendidos nos EUA o livro No Easy Day, escrito por um dos seals que participou do ataque à residência de Bin Laden. Mark Owen (pseudônimo do militar) descreve com detalhes toda sua preparação militar, bem como a operação em que Bin Laden foi morto. Em sua versão dos fatos, Owen desmente parte da história que foi contada pela Casa Branca. Segundo ele, Bin Laden foi atingido por um tiro na cabeça quando colocou o rosto para fora da porta de seu quarto e por vários outros disparos já no chão do cômodo. Na versão oficial do episódio, Bin Laden foi atingido ao tentar alcançar uma arma para atirar contra os seals.
A Casa Branca, por óbvio, não gostou de ser desmentida. Owen não enviou o livro à censura prévia do governo, exigência comum a todos os militares e membros da inteligência americana ao divulgar informações ao público, e o porta-voz de Obama afirmou que Owen violou as regras. A Casa Branca ainda não se pronunciou sobre possíveis punições ao militar. Owen se aposentou, mas ainda está sujeito a sanções, como o bloqueio de toda a renda gerada pelo livro. A demora da Casa Branca provavelmente tem relação com as eleições. Afinal, como os eleitores iriam encarar o fato de o presidente que se gaba de ter ordenado o ataque processar um dos “heróis” que foi até o Paquistão?
Em entrevista veiculada pelo programa 60 minutes no último domingo, Owen disse que seu livro não deve ser levado para o debate político pois se restringe ao 11 de setembro e a “uma das principais missões da história”, que merece ser contada agora para a sociedade norte-americana. “Se esses loucos em ambos os lados do espectro político querem tornar (o livro) político, que vergonha para eles”. Owen, como membro da tropa de elite mais treinada dos EUA, é capaz de realizar as missões mais arriscadas em nome de seu país, mas no que diz respeito a seu entendimento da política local ainda é um amador.

Conflitos no Quênia matam 32 pessoas

Conflitos no Quênia matam 32 pessoas

Renata Giraldi* - Repórter da Agência Brasil

Oficiais da Cruz Vermelha no Quênia, na África, próximo à Somália e ao Sudão do Sul, confirmaram hoje (10) a existência de combates gerados por disputas étnicas na região costeira do país. Em decorrência dessas disputas pelo menos 32 pessoas morreram. Segundo organizações não governamentais (ONGs), mais de 300 pessoas foram atacadas em um vilarejo na região do Delta de Tana.

Há relatos de sobreviventes que contaram que casas de moradores foram queimadas. O chefe das operações da Cruz Vermelha no Quênia, Abbas Gullet, disse que há corpos espalhados na vila atacada e que é necessário “agir rapidamente” para conter o agravamento da situação.

A explosão de violência envolve uma longa disputa entre dois grupos étnicos - os Orma e os Pokomo - sobre terras cultiváveis e acesso à água. Com pouco mais de 37 milhões de habitantes, o Quênia é uma democracia recente, pois sua independência foi proclamada há apenas 49 anos. Até então, era uma colônia inglesa.

O sistema político no Quênia é o parlamentarista, mas o poder é bastante centralizado na figura do presidente da República, embora, em 2008, a Organização das Nações Unidas (ONU) tenha mediado um acordo para que o primeiro-ministro e os presidentes do Legislativo e Judiciário também compartilhassem as decisões do país.

*Com informações da BBC Brasil    //    Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC
 
 

Publicado em: 10/09/2012

Líder da Al Qaeda confirma morte de vice

Líder da Al Qaeda confirma morte de vice

11/09/2012 
 
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

O líder da rede Al Qaeda, Ayman Al Zawahiri, confirmou hoje (11) a morte do vice-líder do grupo, Abu Yahya Al Libi. Em junho, as autoridades norte-americanas anunciaram que Al Libi tinha sido morto em um ataque com um avião não tripulado em uma área tribal do Paquistão. A confirmação da morte do vice-líder ocorreu por meio de um vídeo divulgado pela rede terrorista para marcar os 11 anos dos ataques de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos.
A Al Qaeda é uma organização fundamentalista islâmica internacional formada por células colaborativas e independentes. De acordo com seus representantes, o objetivo do grupo é ampliar as influências islâmicas no mundo.
À rede são atribuídos vários atentados a alvos civis e militares nos Estados Unidos, na África e no Oriente Médio. Entre os principais ataques estão os de 11 de Setembro de 2001, em Nova York e Washington. Os ataques causaram uma reação das autoridades norte-americanas que deflagraram a chamada Guerra ao Terror.

*Com informações da BBC Brasil.
Edição: Talita Cavalcante

País avança pouco no ensino superior

País avança pouco no ensino superior

Brasil avança pouco entre gerações no ensino superior
Autor(es): agência o globo:Carolina Benevides
O Globo - 11/09/2012
 
OCDE: proporção do PIB gasto em Educação foi de 3,5% para 5,5%

Mesmo tendo aumentado o gasto com Educação, o Brasil ainda não conseguiu fazer com que muitos jovens cheguem às universidades e concluam o ensino superior. Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com dados de 2010, aponta que, no país, 9% das pessoas entre 55 e 64 anos concluíram essa etapa. Na faixa etária dos 25 aos 34 anos, o percentual não passa dos 12%. Um avanço, segundo especialistas, pequeno entre uma geração e outra.
A Coreia do Sul, por exemplo, que tinha 13% da população entre 55 e 64 anos com ensino superior, deu um salto: 65% entre 24 e 35 anos concluíram um curso universitário. No estudo, a organização reuniu dados dos países desenvolvidos e ainda de alguns que fazem parte do G20, caso do Brasil. Ao todo, foram 42.
- O número mostra o fracasso do ensino superior do país. Por aqui, ir para a universidade é parte do posicionamento para melhorar a carreira. Com o Enem e com as cotas, nós vamos aumentar o número de pessoas que conclui essa etapa. A expansão da rede federal e do Prouni também vai contribuir - diz Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, lembrando que é preciso que haja Educação de qualidade: - Não é só aumentar a oferta de vagas. O desafio é criar políticas para que quem ingresse possa concluir o curso.
Ministro da Educação, Aloizio Mercadante diz que o relatório da OCDE ainda não reflete as mudanças pelas quais o país vem passando. Segundo ele, na faixa dos 18 aos 24 anos, 17% estão nas universidades ou já concluíram os cursos. Além disso, em uma década, entre 2000 e 2010, o número de matrículas cresceu: foram de 2,7 milhões para 6,4 milhões.
- Tivemos duas décadas de estagnação econômica, quando não houve expansão da rede. Agora, o número cresce porque tivemos três programas para expandir o ensino superior: o Prouni, o Fies e o Reuni. Estamos revertendo esse quadro histórico e a nova geração está tendo mais oportunidades - diz Mercadante.
Segundo o relatório, entre os 42 países, o Brasil ocupa a segunda posição quando o assunto é o aumento do percentual do PIB gasto com Educação: saltou de 3,5 % para 5,5%, entre 2000 e 2009. No entanto, ainda está longe da Islândia, que aplica 8,1%, e da média da OCDE, 6,2%.
- Cálculos já mostraram a necessidade de 10% do PIB. Países que tinham uma dívida histórica com a Educação, assim como nós, conseguiram avançar aplicando 10% ou mais. A Coreia chegou a 12%, o Japão numa época gastou 60% do Orçamento em Educação - diz Daniel Cara.
Diretora-executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz alerta que só mais dinheiro não fará a mudança necessária:
- Não adianta colocar 12% ou até 15% do PIB se não houver uma reforma estrutural, se a formação de professores não for voltada para a prática em sala de aula, se o país não tiver um currículo mínimo. Só dinheiro não resolve.
Ainda que o Brasil tenha avançado, o gasto anual por aluno está aquém da média da OCDE. Na educação infantil, em 2009, eram investidos em média US$ 1.696, o menor valor entre as nações (a OCDE registra US$ 6.426). A média não foi alcançada também nos ensinos fundamental e médio.
- O Brasil fez um esforço aumentando o percentual do PIB na Educação. Mas ainda é chocante que o país gaste quatro vezes menos que a média da OCDE com o aluno matriculado na educação infantil - diz Paula Louzano, da Faculdade de Educação da USP.
De acordo com Mercadante, na educação infantil, já houve um aumento no investimento por aluno. Em 2002, eram R$ 1.491. Oito anos depois, R$ 2.942.
- Ainda estamos aquém do que é preciso fazer. A diferença também ainda é significativa na educação básica. Para competirmos com os países mais ricos, temos que continuar crescendo economicamente e investindo em Educação - diz Mercadante, lembrando que o Congresso precisa definir de onde virá o recurso para que o Brasil aplique 10% do PIB na Educação. - O governo queria 8% e estaria no patamar da Islândia.

Brasil ainda investe pouco em ensino superior, avalia OCDE

Brasil ainda investe pouco em ensino superior, avalia OCDE

11/09/2012

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil 

Em um grupo de 29 países, o Brasil ocupa o 23º lugar no ranking de investimentos no ensino superior, segundo pesquisa da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgada hoje (11), em Paris, na França. O estudo mostra que foi investido em média 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nessa etapa de ensino. De acordo com a organização, no entanto, o Brasil registrou o maior aumento de investimentos na área no período de 2000 a 2009.
O país está “gradualmente se aproximando” dos integrantes do chamado G20 (grupo das nações mais ricas do mundo). No entanto, o estudo alerta sobre o baixo investimento em educação quando há a comparação com o Produto Interno Bruto (PIB). Segundo os dados, os investimentos brasileiros no ensino em geral atingiram 5,55% do PIB, enquanto a meta para os países da OCDE é 6,23%.
A pesquisa analisou 42 países, mas nem todos apresentaram dados sobre os aspectos detalhados pela organização, daí o fato de o número de nações analisadas ser maior ou menor em determinados itens do estudo. Lideram o ranking de países que mais investem em educação a Austrália, a Finlândia, a Irlanda e a Suécia. O estudo mostra que a crise econômica internacional não afetou os investimentos em educação.
“Pessoas bem-educadas vivem mais tempo, são mais propensas a votar e têm atitudes mais favoráveis ​​à igualdade de direitos das minorias”, diz o estudo da OCDE, que pode ser consultado na página da organização na internet.
Segundo o estudo, o Brasil aumentou os investimentos totais em educação, pois em 2000 as despesas com ensino representavam 10,5% dos recursos públicos do país, enquanto em 2009 subiram para 16,8%. “Uma das taxas mais elevadas” entre os 33 países nos quais esse item foi observado, destaca a OCDE.
No período de 2000 a 2009, os investimentos em educação superior registraram redução de 2%. Paralelamente, houve um aumento médio de 67% de alunos nas universidades, de 2005 a 2009.
Outro dado da pesquisa é que as taxas de escolarização na infância registram alta, embora ainda abaixo das expectativas da OCDE. Para a organização, no entanto, o fato de 92% das crianças com menos de 6 anos estarem em sala de aula deve ser comemorado, pois em 2005, o percentual era 83%.
A organização alerta que mais investimentos em educação geram oportunidades de emprego no mercado de trabalho. Pelos dados da pesquisa, 68,7% dos brasileiros sem o ensino secundário conseguiram emprego. A taxa de ocupação sobe para 77,4% para quem tem o ensino secundário completo e 85,6% para os profissionais com ensino superior.

Edição: Juliana Andrade